A Arte de Rita da Costa Aguiar

Se lembra daquele maravilhoso projeto em arte gráfica apresentado em todos os cantos das flips (Festa Literária Internacional de Paraty)?

   Se lembra de ter visto alguma capa superinteligente de livro, com uma idéia totalmente singular, diferindo daquela comunção convencional de capas, como se todas fossem em padrão?... pois é: quem torna a arte gráfica ilimitada em possibilidades e sempre aberta a novas idéias é esta artista gráfica que fez sua primeira capa: Nova Divisão Sexual do Trabalho?, Helena Hirata (Ed. Boitempo), em 2002...

Rita da Costa Aguiar .

   E de lá até aqui, já foram mais de 120 capas publicadas. Entre elas estão: O Fio das Missangas, Mia Couto (Ed. Companhia das Letras); A Casa da Minha Infância, Luis Nassif (Ed. Agir); Manual da Paixão Solitária, Moacyr Scliar (Ed. Companhia das Letras); A Zona do Desconforto, Jonathan Franzen (Ed. Companhia das Letras); e O Escorpião Encalacrado, David Arrigucci Jr (Ed. Companhia das Letras). Além de projetos completos de livros e coleções como: A Enciclopédia da Moda, Georgina O’Hara Callan (Ed. Companhia das Letras); Escrevendo a Nova Ortografia, Instituto Antonio Houaiss (Ed. Publifolha); Coleção 21 (Ed. Publifolha) e Coleção Santos (Ed. Publifolha). Para essas fez capa, miolo e editoração eletrônica.

Quer mais o quê?, um tempinho para respirar?

Reconhecer a arte não é só ver o resultado final, ao ler um livro ou comentar a apresentação desta arte neste ou em outros segmentos, mas sim conhecer e aplaudir, reconhecendo quem tornou de profissional para artístico os meios desta arte apresentada, e fez, efetivamente a arte em si acontecer de maneira meta-artística, onde até a técnica de apresentação torna-se então a arte.

    Seja numa capa de livro, numa apresentação gráfica em comunicação visual ou até mesmo em seu estúdio, Rita da Costa Aguiar surpreende pela vasta e tão original produção, e por isso mesmo que nós, do Arte Que Acontece, temos a honra de bater nosso carimbo para esta artista.